sábado, 9 de julho de 2011

Memórias da Adolescência (1) - Começando a contar o conto...

Pra Iniciar o papo...

Nem sei dizer quando começou minha adolescência! Entre os 11 e 14 anos... É muito "espaço" de tempo, mas não sei precisar mesmo. 

Sei que tive a minha primeira festinha em casa aos 14 anos, daquelas que se pode convidar meninos e se pode dançar... Mas, antes, fui a outras. Algumas de minhas amigas faziam essas festinhas sem precisar ter datas de aniversário. Simplesmente faziam. A gente aqui chamava essas festinhas de "arrasta". 

Eu comecei a me "enturmar" com as meninas do "outro pedaço" da rua Cônego Leão Fernandes, quando eu já estava no ginásio (hoje ensino médio), no Maria Auxiliadora, portanto depois dos 10 anos. E com essa turma, a gente era uma mistura de criança e adolescente, nos primeiros anos de amizade.

Minha amiga Mara, que já era amiga desde os tempos de criancinha, foi me introduzindo com as meninas do "lado dela", ou que não era o "meu lado". Mara, apesar de morar no "outro lado" já era minha amiga porque estudávamos juntas na ED desde o maternal ou jardim de infância... E, além disso, o pai dela e meu pai,  que eram dentistas, eram amigos! 

Bom, do lado de cá, só tinha eu e Zélia, as outras eram mais velhas que a gente... Do lado de lá, moravam umas seis meninas da nossa "turma". Mas, na Mossoró, logo ali pertinho, moravam mais duas ou três e, na Afonso Pena, à um "pulo", mais uma. Assim, nossa "turma" era de umas doze meninas. 

...

Jogávamos vôley no meio da rua (na Cônego, que passava menos carros). A rede era uma simples corda amarrada de um muro ao outro (ou grade), e às vezes era somente um risco no chão.

Também, mais raramente,  passeávamos de bike pelos arredores, chegando até a Ângelo Varela, perto da AABB e onde tinha um bar, o STOP. 

Íamos de "casa em casa" pra escutar música nas radiolas portáteis à pilha, ou simplesmente conversar, olhar as roupas novas compradas e combinar se poderíamos trocar algumas vezes uma roupa com as outras amigas, pra aparecer com "looks" diferentes... 

Por falar em roupas, estas eram compradas em boutiques que ficavam em casas. Muitas vezes nem "placas," ou qualquer indicação que era uma "loja", existiam. Mas, o chique era comprar nesses lugares!

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Na minha casa tinha um sistema de ventilação moderno projetado pelo arquiteto Ubirajara Galvão. Era quase um sótão. Subíamos lá pra fumar "escondidas". Lá de cima, dava pra ver quem passava na rua, mas ninguém nos via. Na verdade nenhuma de nós fumava de fato, era mais um lance de descobertas e desafios da idade... 
Às vezes fazíamos o mesmo num pequeno apartamento que tinha em cima da garagem da casa de minha avó. Acho que eu dizia que ia estudar, sei lá...
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Quase na esquina da Mossoró com a Afonso Pena, na frente da casa de uma delas, nos reuníamos às noites ou nas tardes dos sábados. Só pra conversar "leseira" e ver os "meninos" passarem nos seus carros. Alguns paravam, conversavam, paqueravam... Naquela época, os meninos dirigiam com menos de dezoito anos e parecia normal.

Sobre os meninos e seus carros, festinhas e outras coisas mais, conto depois...






2 comentários:

  1. Esses arrastas eram o máximo com direito a luzes negras ao som da radiola.
    De bicleta agente ia longe. Pela pista (era assim que agente chamava a Rua Hermes da Fonseca,pois só essa rua era asfaltada), dando a volta pelos quarteirões, acho que o mais longe que agente ia era até o AABB.
    Além das roupas que agente trocava, tinha as revistas contigo e capricho. Nessas revistas se lia novelas em quadrinhos. Lembro também que minha mãe não gostava que eu lesse essas revistas, porque era leitura futil, e eu lia escondido dela, parece que a leitura ficava ainda mais fascinante porque era escondido.

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  2. Boa memória a sua, hem Mara?! Essas revistas fúteis eram o máximo! Hehehe! E a leitura as escondidas fazia parte...

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