segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

VIAGENS: O COMEÇO

UMA VIAGEM NA INFÂNCIA, DESCRITA COM OS OLHOS E ALMA DE CRIANÇA...

Comecei a viajar aos cinco anos. Viagem grande, de avião! Antes disso só fiz viagens curtinhas pras praias do RN, como Genipabu, Santa Rita, Redinha... Ah, e também pra Macaíba, onde minha mãe nasceu. Lá tinha lá um sitio que tinha sido dos pais dela, mas, ainda tava na família, com uns parentes próximos... Íamos em busca de jabuticabas. Era uma festa!

Meu pai foi fazer um curso de especialização no Rio, e lá fomos nós com ele. Aliás, uns dias depois dele. Eu, meu irmão João, e minha mãe, acompanhados de “Dona” minha ex-babá, que depois virou uma “faz tudo”.

Me lembro das nuvens branquinhas abaixo do avião, que pra mim pareciam algodão. Quando chegamos no nosso apartamento no Flamengo, alugado das “Filgueiras” (amigas de meus pais), tava cheio de coelhinhos da páscoa. Coelhinhos de chocolates e doces variados, tudo arrumadinho numa mesa na cozinha. Meu pai tinha comprado pra nos esperar! Me lembro dos coelhos e dos doces como se fosse hoje!

Lá, fui estudar num colégio na Rua Paissandu, bem perto d’ agente. Íamos a pé (http://www.eucaristico.com.br/). No colégio tinha uma goiabeira que eu costumava subir, e me balançar, enquanto esperava alguém me buscar. Beatriz, uma coleguinha, sempre esperava junto comigo. Mas, ela era meio chata e gostava de deixar as colegas constrangidas, pois, por qualquer coisa dizia “papai do céu não gosta disso não...”.

Eu na goiabeira do Colégio
                                           
Marina era outra coleguinha, que tinha uns cabelos parecidos com cabelos de anjo (pelo menos pra mim), e, que eu gostava mais. Ah, e tinha um menino que se chamava Henrique dos cabelos loiros e grandes. Tínhamos que arrumar a sala depois das aulas, e isso era feito em duplas. Cada dia as professoras escolhiam uma dupla. Eu ficava na espera que me escolhessem com Marina ou Henrique (ôps!).

Aos domingos, eu e meu irmão, brincávamos na construção do Aterro do Flamengo, com baldes e pás de plásticos coloridos. Até hoje, eu adoro coisa de plástico colorido. Não posso ver aqueles camelôs com coisas coloridas que me dá vontade de parar e comprar. De baldes, pás, bolas a bichos de plástico, é comigo mesmo. Quanto mais coloridos mais me atraem!

  Meu pai e meu irmão, no Aterro em construção.
 Eu e meu irmão brincando no Aterro do Flamengo.
                                      
Também passeávamos na barca Rio-Niterói, íamos à Ilha do Governador visitar um tio de meu pai, e, à Paquetá. Era uma delícia!

Íamos a todos os pontos turísticos, até ao Monumento dos Pracinhas. Meu pai tinha uma mania de visitar esses monumentos de honra aos mortos da Segunda Guerra, pois ele se dizia um ex-combatente. Quando fomos a Pistóia, na Itália, tempos depois, ele dizia: “meu nome poderia estar aí”! Minha mãe falava que ele não passou das praias de Fortaleza, mas ele rebatia prontamente dizendo: “e o estresse de ficar esperando ser chamado a qualquer instante?”...

       Meu pai, comigo e meu irmão, no Monumento aos Pracinhas.
                                                   
Da Floresta da Tijuca até ao Centro brincar com os pombos, tudo era um programa animado!

Como não poderia deixar, fomos também algumas vezes ao Corcovado e Pão de Açúcar. Me lembro de uns bichos, especialmente um pato de madeira, num canto lá do Pão de Açúcar (ou seria do Corcovado?) pras crianças brincarem... No Pão de Açúcar, criança até cinco anos não pagava, e, quando eu já estava quase dentro do bondinho, falei: ”mas eu já tenho seis anos”. Foi um vexame. Criança diz cada uma!

Meu pai comprava bolas de encher com gás pra mim, que subiam pelos céus. Adorava ver essa cena! No meu aniversário minha mãe fez uma festinha, toda organizada, mas faltou bola pra mim. Fiquei emburrada num canto...

Vovô, que passou uns tempos por lá com minha vó, me fez comer um pedaço de isopor. Disse que era feito de ovo, e eu “burrinha” resolvi experimentar. Brincava também no apartamento com meu irmão, João. Na época ele era quase um bebê (tinha dois anos) e era um pouco gorduchinho (pelo menos eu lembro de suas bochechas!). Eu adorava dar uns beliscões nele! Pra mim ele era quase um boneco.

De passeios com meus pais e avós, meu irmão e Dona, foi minha temporada de um ano e poucos meses (ou dias?) no Rio de Janeiro. Foi ótimo. Quase um sonho de tão bom! A volta também. Curti bastante o avião e as nuvens de “algodão”!
        Minha mãe, comigo e meu irmão, nos passeios pelo Rio...

Essa foi minha grande primeira viagem. Depois, meus pais nos levariam sempre, uma ou duas vezes ao ano, em viagens de férias. E assim, conheci quase o Brasil inteiro e alguns lugares da América do Sul. E assim, aprendi com meus pais a gostar de viajar pelo mundo afora...

Confesso que, lendo tudo isso, tá parecendo uma redação de criança. Enfim, escrevi com minha alma de criança. Voltei literalmente àqueles tempos...







domingo, 30 de janeiro de 2011

MINHA MÃE CONTADORA DE HISTÓRIAS (OU "CAUSOS" CONTADOS POR MINHA MÃE) 1

Minha mãe, a parte de ser super culta, conta “causos”. Não sei se é porque nasceu no interior (se bem que Macaíba é logo ali), mas, sei que ela gosta de contar “causos”. Às vezes ela muda um pouco a história já tantas vezes contada, ou sou eu que às vezes tinha incrementado ou inventado alguma coisa “por minha conta”...

Um deles tem a ver quando ela tinha cinco anos. Podíamos intitulá-lo “Sangria Desatada”; “O que pode fazer uma criança sozinha”, ou ainda “Anjo embriagado”, e por aí vai...
Bem, mas vamos ao “causo”.

Segundo ela, era um dia de festa. Não sei bem se era a festa do aniversario dela, ou se era uma festa comum daqueles tempos, em sua casa. Mas, ela estava toda arrumada com um vestido azul, de organdi, cheio de preguinhas e coisinhas chatinhas pras crianças e que os adultos achavam lindo naquela época, e talvez ainda achem. Coisas que apertam as crianças e às vezes até “picam”. Segundo ela, minha vó, a mãe dela, adorava vesti-la como se fosse uma princesa, com roupas de tecidos armados, embora muito bonitos, nada cômodos para as crianças.

Eu tinha uns vestidos assim... Ei, mas a história é de mãe. Voltemos a ela.

Os cabelos repuxados pra colocar um laço, ou seriam dois (?), que apertavam “seu juízo”. O vestido não tinha féche-eclair, pois talvez não existisse naquela época, e, apenas uma pequena abertura, que quando a vestiam ela quase sufocava e gritava “tou morrendo, tou morrendo”...

Deixaram-na, assim, toda pronta e incomodada, sentadinha (e era pra ficar bem comportadinha), a espera das visitas.  Só que a deixaram na sala de jantar, perto da cozinha. E nada das visitas chegarem. Ela, então, olha pros lados e vê uma garrafa de vinho tinto.  O açucareiro por perto. E, água era fácil de achar. Surpresa: ingredientes para uma sangria! Naquela época se serviam “sangria” às crianças. Para quem não sabe, sangria era uma mistura de vinho, água e açúcar, e às vezes se acrescentava um pouco de maçã picada... Só que para as crianças, a quantidade de vinho era irrisória...

Pois bem, minha mãe nessa espera e a garrafa ali esperando por ela... Ela se levanta, e começa a fazer suas próprias sangrias. Nada das visitas, e a minha mãe a tomar sangrias. Uma, duas, sabe-se lá quantas.  Tampouco se sabe a quantidade de vinho que ela colocava nas suas sangrias por ela fabricadas.

Lá pras tantas minha vó descobre minha mãe deitada (Oh Céus!) em sua cama toda arrumada com lençóis de linho (ninguém deveria nem sentar nas camas arrumadas, imagine deitar...). Parecia que tava dormindo. Isso minha vó pensava. Na minha cabeça ela tinha se “estatelado” no chão mesmo, mas...

Diz minha mãe, que ela em sua primeira “cachaça” se via, como se estivesse acima dela própria como uma enorme flor azul, e, essa flor enorme pensava quantas palmadas poderia levar...

No outro dia diziam pra ela: “Mas você nem viu Fulano, nem viu Cicrano, que queriam falar com você”, etc. e tal. E perguntaram o que ela tinha feito. Ela disse: “tomei vinho com água e açúcar, aos montes”. Minha mãe nunca mentia...

Segundo meu irmão, João, tinha um gato nessa história que também ficou “bêbo”. Minha mãe desmente. Disse que nunca houve gato, só se era ele, meu irmão, reencarnado. Pois é, talvez eu também me lembro vagamente de um gato, ou talvez eu tenha me atrapalhado com outra história ou tenha incrementado o gato “por minha conta e risco”, como fez meu irmão. O que importa é que o fato aconteceu, se com menos ou mais personagens, se com menos ou mais fatos, não importa.

Importa que foi um “causo” interessante. E, eu literalmente “viajo” nesses causos!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CIDADES PEQUENAS 3 - Quarenta e Cinco Dias em Annapolis, USA

O ano era 2006. Fim de 2006, para ser mais precisa. Não era a primeira vez que tinha estado em Annapolis, e por isso mesmo arrisquei, junto com San, ficar quarenta e cinco dias por lá. Quase uma prévia para morar por lá, um dia que fosse (um desejo manifestado da primeira vez que fui apresentada a essa city)...


Marcel, meu filho, the youngest, ainda morava lá, trabalhando numa empresa de informática, no caminho para Baltimore, mas estava prestes (sem saber) a se mudar pra NYC...

Iríamos passar o Natal, Ano Novo e mais o resto de janeiro por lá. Marcel morava numa casa super ótima, com três andares, onde um deles era a cozinha que era a peça ou a pérola principal da casa. Lá se reuniam os amigos para suas festinhas. Mas, a casa era dividida com mais dois colegas, os tais roommates, e não podíamos ficar lá.

Assim, alugamos uma casa, bem massa, no lugar que eu queria, se um dia fosse morar por lá. Nossa casa ficava na parte onde era antigamente a vila de pescadores, numa rua com casas lindas de madeira, onde se revezavam casas mais simples, porém com uma tipicidade de dar gosto, e mansões sofisticadas, mas mantendo o padrão de madeira, típico do local.

A CASA

A nossa era uma casa amarela, das mais simples, obviously, mas lindinha. Tinha também três andares, onde o último era uma espécie de mezanino, um estúdio, com uma daquelas janelas que dá pro céu, além de todas as comodidades de uma boa suíte grande. 


Cama legal, uma cadeira daquelas do tipo “Freud” e outra tipo “Sherlock Holmes” (essas comparações são coisas da minha cabeça!), uma mesinha redonda, uma escrivaninha, e uma pequena biblioteca. Uma janela com vista para a lateral e a outra com vista para as estrelas ou para o sol, e às vezes para os flocos de neve. Esse terceiro andar era o nosso. Nesse andar ainda tinha nosso banheiro, e máquinas de lavar e secar roupa.

                                          A nossa casa! A amarela!

Dividíamos a casa também com uma roommate americana, que tinha seu quarto no segundo andar. As salas, cozinha, varanda, quintal e jardim, eram divididos por nós três. Normal para os americanos (em especial, estudantes, embora não fosse nosso caso) esse lance de ter roommates.

Da rua da casa, entre terrenos vazios, ainda existentes podíamos ver o mar, ou a baía, que seja. As casas com see view são bem mais caras, mas a nossa ficava logo ali pertinho desse “mar”...

Não sei se já disse alguma vez, mas água pra mim é primordial, adoro lugares onde posso ver água, seja de mar, de rio, de lagoa... Olhar para o mar, em especial, me dá uma paz e ao mesmo tempo me anima! Não sou muito de banhos prolongados de mar, rios, piscinas, essas coisas. Dou uns mergulhos rápidos, mas prefiro ficar olhando, por perto... Para banhos, um bom chuveiro tá bom demais (ou uma jacuzzi, claro).


O NATAL E O ANO NOVO

Bom, vamos aos quarenta e cinco dias. O Natal, na casa de “Randy e Karen” (uma família pra Marcel nos USA), com seus filhos, seus pais, e nós. Um bom almoço, no dia 25, com comidas muito similares as nossas nos Natais. Peru, porco, etc. Troca de presentes, etc. e tal. Na véspera, fomos jantar, eu, San e Marcel num restaurante e oyster-bar (McGarveys) que parecia um dos mais animados.

No réveillon, fomos pra DC, onde passamos a “passagem” do ano num restaurante-boate, ou era uma boite com restaurante... Animação mediana, porque animação de brasileiro é outra coisa. Um negócio meio brega de botar uns chapeuzinhos na cabeça ou umas coroas “de princesa” para as mulheres, e mais apitos, serpentinas, coisas do gênero. 


Mais parecia um aniversário misturado com carnaval e sei lá mais o quê. Enfim, um réveillon típico americano. Mas, no fim das contas, o que conta é a família, e como estávamos juntos eu, San e Marcel, já tava bom demais!

O DIA-A-DIA

Bom, mas bom mesmo era nosso cotidiano. No começo ficamos na casa de Marcel, porque um dos colegas estava fora, passando o Natal com a família. De lá até o centro, até a marina menor que faz parte da paisagem do centro, dava uns 20 a 30 minutos caminhando. Todas as manhãs fazíamos esse percurso, andando ou correndo, tomávamos um café no Starbucks (depois descobrimos o café de DelRene, amiga nossa, que era “the best”!), e voltávamos.

Quando nos mudamos pra nossa casa, mudamos nossa rotina. A casa ficava antes da ponte (tem uma ponte que pra mim é um marco...), e a cinco ou dez minutos desse dito centro. Matriculamo-nos numa academia de gym, que na verdade era quase um clube. Na academia, muito chique, tinha de tudo: toalhas, shampoos, secador de cabelo, cremes, hidratantes, enfim, você só precisava levar a roupa que iria trocar, mais nada. E os melhores equipamentos pra “malhar”, nunca vistos antes, por mim, pelo menos.

Da nossa casa até lá, íamos andando, e em menos de cinco menos lá estávamos. No caminho para a academia íamos admirando as casas, cada uma com suas peculiaridades, embora todas de madeira. Era janeiro, e fazia frio. Íamos com um casaco por cima da nossa roupa de gym, levando uma pequena sacola com roupas pra trocar depois do banho. Às vezes ventava e o frio apertava, às vezes até nevava... Mas eu me sentia muito bem, vivendo aquela experiência...


                          A academia de Gym

Os funcionários da academia eram todos simpáticos, como também os professores. Fazíamos spinning todos os dias (até aos domingos). Às vezes às sete da matina, outras vezes às dez. Dependia da hora em que acordávamos. Às vezes também misturávamos com um pouco de musculação. Todo dia o spinning era diferente, e, pra cada dia da semana tinha um professor (ou professora) especifico. 


Nunca era monótono, e, além disso, a turma de “alunos” era fantástica. Todos muito animados, a maioria tinha em torno de cinqüenta anos ou mais. Aliás, tinham pouco jovens na academia, vi mais jovens correndo nas ruas...

A primeira vez que vi uma senhora chubby (um pouco mais que...) de cabelos completamente brancos, sentada na bike ao meu lado, eu pensei que ela não conseguiria fazer a aula toda. Ledo engano, pois eu que quase fico sem fôlego, já que era uma aula pesada, e, essa mulher nem aí...

Quando saíamos da academia, depois de um bom banho, cheirosos e tudo mais, passávamos sempre numa lojinha que ficava ao lado da academia e num mini-mercado (na verdade a academia ficava numa espécie de shopping “aberto” horizontal, onde todas as lojas e restaurantes tinham suas portas na frente do mesmo).  

“Good Morning, Jay”, Santiago falava e obtinha a resposta de sempre, “Good Morning”. Jay era descendente de indianos. Na sua lojinha, de tudo era vendido. Meias, guardanapos, ferragens, enfim, de tudo. 


Depois, passávamos no super mercado (aliás, mini), comprávamos leite ou pão, enfim coisas para o breakfast, e ao chegar no caixa, o mesmo ritual: “Hi Gloria”! Glória era uma típica americana negra. Bastante simpática e conversadeira. Deu certo com Santiago que adora fazer amizades!

Ao voltarmos pra casa, preparávamos nosso breakfast americano, e, era ótimo fazer isso! Suco de laranja, omelete com tudo que se pudesse colocar dentro, salsichas... Se depois do café ainda fosse muito cedo, ficávamos “preguiçando” em casa, vendo coisas no lap top, TV, etc.

Depois, íamos pra farra. E, sem culpa. Tínhamos feito atividade física, e uma boa atividade! Começávamos o dia, que já não era mais tão cedo, passeando pelo centro, ou indo ao Trader Joe’s (um supermercado orgânico que ficava um pouco mais distante, mas nem tanto...), comprar comidinhas saudáveis para quando almoçássemos ou jantássemos em casa, ou mesmo pra deixar nosso café da manhã mais light.

Algumas vezes íamos ao shopping, embora que na Main Street encontrávamos lojas boas e os melhores bares e restaurantes! Vale salientar que também tinham alguns bares e restaurantes com see view, em um ou outro píer, perto das marinas...

Bom, no nosso passeio que já não era tão matinal assim, depois de um tempinho começávamos a fazer bar hopping (ir de bar em bar). 


Uma cervejinha num Irish Pub, outra no McGarveys, ostras e mexilhões no O’Brien's, um coquetel no Pusser’s (dentro do hotel Marriot, mas “de cara” pro mar...). O nome é péssimo, mas o bar é ótimo! Íamos parando onde encontrávamos um bar nunca visto "dantes", experimentando de tudo um pouco...


O'Brien's (Restaurante e Oyster bar

Depois de um ótimo happy hour, de volta a casa, descansar um pouco. Às vezes preparar o jantar, com um bom vinho e às vezes sair de novo pra jantar em algum dos inúmeros restaurantes a escolher. Na maioria das vezes, com nossos amigos que lá fizemos, alguns através “da carona” de Marcel. Marcel também ia sempre, e dificilmente íamos só nós dois. 


Experimentamos a gastronomia de diversos restaurantes, todos maravilhosos. Franceses, Italianos gregos, e outros restaurantes a beira das marinas... Vá à Main Street e nos restaurantes das marinas, não tem erro! Todos muito bons!!!


 Pusser's Caribbean Grille
Cada lugar tinha sua história e a nossa foi se misturando. Nos pubs irlandeses, jogávamos dardos, além de tomar cerveja, claro. No O’Brien's, além dos mexilhões e ostras, e bebidas, podíamos dançar depois das onze da noite, onde tinha uma espécie de boate e uma fila pra entrar. Um ou mais shots, eram normais de se tomar nessas noites com uma boa turma. No MCGarveys também se dançava, mas eu particularmente preferia o O’Briens. 


Os restaurantes estavam sempre cheios, especialmente para jantar. Em muitos, era importante reservar, ou casa contrário esperar, era a saída. (ver http://www.annapolis.com/downtown-annapolis-restaurants/)

Nos finais de semana, íamos comer crab num bar perto de um rio. Crabs enormes, que pra nós mais pareciam siris gigantes. Delícia. Ou então, íamos almoçar ou jantar nas casas dos amigos. Às vezes velejar... Perfeito!

                                         Eu e Karen no Carrol's Creek Cafe.

Um dia fomos pedalar com umas bikes emprestadas. Foi ótimo, até conseguimos nos perder e, depois de um tempinho, nos achar. Mas depois ficou mais frio e adeus pedaladas nas ruas.

Nenhum dia fiquei boring, ou me senti que não queria mais ficar ali...



E NO FINAL...

Para concluir, vou contar duas histórias engraçadas sobre “cachaças”: Uma vez fomos a Saint Michel com Karen, uma vila charmosa de pescadores, com poucas casas e barcos de veranistas. Almoçamos num restaurante a beira da baía, e depois de um rápido tour, voltamos.

Chegando em Annapolis, resolvemos parar no Pusser’s pra tomar um daqueles coquetéis deliciosos e coloridos. Em vez de um, tomamos não sei quantos, depois chegou Marcel... Enfim, até Karen ficou completamente out of control. Faz parte, fez parte e foi ótimo!

Outro dia, estávamos eu e San apenas, e vínhamos já de um  bar ropping pelo centro de Annapolis. Já era noite. Vínhamos meios trôpegos, alegres, e cantando. De repente, depois de passada “nossa” ponte, vimos um bar meio escondido, com uma ótima cara. Entramos lá, e acabamos “de nos acabar” de tanto drink. E, Santiago ainda fazendo amizade com o povo que encontrava pelos bares...

Ah, esqueci dessa! Pra completar teve um dia que eu caí. Foi péssimo, mas engraçado. Lá vinha eu feliz da vida, depois de uns vinhos, cantando na rua. Não era na chuva, mas havia nevado, e o gelo rindo pra mim nas calçadas. Quase em frente a nossa casa, puft. Caí. As botas ajudaram nessa queda, pois além de saltos eram de solado de couro. Totalmente desapropriadas para o gelo. Boa desculpa, porque eu com meus vinhos também tava totalmente desapropriada pra dançar e cantar pelas ruas escorregadias. E, que droga, caí de joelhos. Sempre sofrem esses meus joelhos. Gelo neles, e ponto. No final, todos rimos.

Mas, com essa minha história não pensem que Annapolis é só do Deus Baco. Todos os deuses andam por lá, especialmente os deuses da beleza e do amor, como Afrodite. Com certeza, tão todos por lá!

Chears!

As docas, em Annapolis.





quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CIDADES PEQUENAS 2 - Annapolis, USA: The first time

Em 2005, conheci Annapolis. Marcel meu filho mais novo estava morando lá, estudando, e, depois trabalhando com um pessoal nota dez, que hoje em dia é sua família nos “Isteites”.
Pra começar, ficamos, eu e San, hospedados num veleiro de outro casal amigo dele. DelRene, a amiga, virou a segunda mãe dele, antes de Karen. Peraí, pra não misturar tudo...
Bem, ficamos nesse veleiro e foi massa!
No primeiro dia nos ofereceram um jantar, a bordo, onde víamos a lua e o céu de Annapolis, com o mar aos nossos pés! O jantar tava ótimo, até porque DelRene foi chef de cozinha no Alasca... Imaginem!

                                         Todos no jantar, no veleiro
Vinho pra lá, vinho pra cá, lá pras tantas dissemos que trouxemos cachaça do Brasil. E vamos à cachaça. Depois, David (marido de DelRene) nos ofereceu vodca. Enfim, todos já pra lá de Marrakesh, o casal se foi, e ficamos nós três (eu, Marcel e San) na farra.
Eu estava encontrando Marcel após mais de ano sem vê-lo. Portanto, comemorar o encontro era, sem dúvida, uma obrigação (prazerosa, of course). Na falta da cachaça e da vodka, ou por querer experimentar novidades, já nem sei, encontramos uma tequila. Nessa noite, nós três bebemos de tudo um pouco (ou muito), cantamos, dançamos, nos abraçamos e declaramos amor uns aos outros.
Mas, só tou contando isso aqui, porque Marcel gravou tudo. No outro dia, numa ressaca de dá dó, ninguém lembrava de nada, ou de muita coisa. Eis que Marcel chega com a câmera! “Mamãe, olha só o que tem gravado aqui, um filme de ontem à noite!”.  Não sabia se ria ou se chorava. Meu Deus! Ridículo! Enfim, quem já viu bêbo não caricato? Vou contar umas partes. Marcel dizia, quase aos gritos, como se fosse o refrão de uma música: Ninguém sabe onde tá, ninguém sabe onde tá! E, eu (meio estridente): eu sei, eu sei, eu sei!. Santiago só fazia “hummmmm”. Funny, louco, de tudo um pouco, mas bom demais!
Nos dias seguintes velejamos, conhecemos a cidade, conhecemos os amigos.

                                         Velejando em Annapolis... (Eu, Marcel e San)
A cidade é uma preciosidade. Bati os olhos, ou os pés, por lá e pensei que queria morar lá. Fiz até planos com a cabeça, e incrível, fiz também com o coração!
Annapolis é a capital o estado de Maryland, muito próxima a capital dos EUA,  Washington DC, e também de Baltimore.
Tem uma rua que corta a cidade, Main Street, cheia de bares e restaurantes dos mais variados tipos e de várias nacionalidades. Lá a gente encontra restaurantes italianos, franceses, gregos... Mas, hors concours mesmo é um bar chamado O’Brien. Lá tinha um happy hour, que começava às quatro da tarde e terminava às sete da noite. Tudo pela metade do preço. Era uma festa! Ostras e mexilhões, de primeira, eram “a” pedida! Pra quem tá de férias era bom demais. Toda tarde “batíamos o ponto” lá. Além desse, entre tantos, tinha outro Oyster Bar que gostávamos de ir, o McGarveys.

                                         Main Street (fonte: www.visitAnnapolis.org.)
Ah, ia esquecendo de dizer que lá tem um lugar maravilhoso, a beira de um rio, pra se comer caranguejos (crabs). São enormes, diferentes dos nossos, mas não ficam nada a dever.
À noite, sempre um restaurante diferente... Mas, o melhor eram os jantares, almoços e até breakfasts nas casas dos amigos. O café-da-manhã em DelRene era fantástico. Além de sua casa e de um bom breakfast americano, feito por ela, DelRene tinha um café-bar, bem legal. Cool! E, na parte mais bonita de Annapolis, vendo o mar. Aliás, a baía. Nem posso dizer a parte mais bonita, pois Annapolis é toda linda!
Jantares em Randy e Karen (o outro casal que virou a família americana de Marcel) mágicos! Todos na cozinha e todos conversando. Essa é uma grande vantagem das cozinhas americanas, quem cozinha tá dentro das conversas e vice-versa. O casal, seus três filhos, nós três, e as vezes amigos do casal, ou de Marcel, ou dos filhos, enfim, party!
Dessa primeira vez, além de ficarmos em Annapolis fomos também à Pensilvânia, numa fazenda dos pais de Karen comemorar o Thanksgiving. Foi fantástico! Passamos o dia cozinhando e bebendo. O peru sendo cozinhado lá fora, num grande forno. E, nevando! Com os homens a “tomar conta”. As mulheres ficavam responsáveis pelos acompanhamentos. E vinho rolando todo o tempo...
Fomos ainda a Filadélfia e New York. Noutro dia eu conto. Tem uma história em NYC que vale a pena ser contada! Engraçadíssima!
Bom, voltando a Annapolis, é lá que tem uma academia naval, e vemos a toda hora marinheiros com seus trajes pela cidade. Tem até um filme cujo título é Annapolis, mas nada tem a ver com a cidade! Enfim, isso é um detalhe. Annapolis é muito mais que isso, ou até me atrevo a dizer que não tem muito a ver com isso.
Annapolis é considerada a “capital americana do barco a vela”. Vários barcos, iates, veleiros, todos ancorados na baía (Chesapeak Bay), ou com as velas içadas ao vento e no mar... É uma cena bonita de se ver.

Vista aérea das marinas.

Annapolis tem mais edifícios sobreviventes do século XVIII do que qualquer outra cidade nos Estados Unidos, e, cada casa é uma relíquia. Tem o lado das casas dos antigos pescadores, antes de uma ponte (ou depois?) onde se podem ver casas rústicas de madeira, mas, na maioria elegantes. Hoje quem mora lá, já não são os pescadores e sim (na maioria) gente que tem grana e/ou gosta de viver bem. O outro lado da cidade (pós, ou antes, ponte) também é fantástico.

Bar-Restaurante MCGarvey em dia de festa: 4 de julho (fonte: www.visitAnnapolis.org)

As pessoas que vivem por lá, são normalmente gente que até trabalha em outra cidade maior, por perto, mas prefere a qualidade de vida que Annapolis oferece. E, eu com uma certa inveja... Adorei a cidade, voltei lá outras vezes. Mas ficar por lá, de vez, forever, é preciso dinheiro e coragem de deixar a vida boa que Natal também oferece, ainda. Coragem é mais fácil... Mas, noves fora umas “breguices” próprias daqui de nossa city, vai-se contornando.
Afinal as ostras e os mexilhões do O’Brien, ou até os crabs, posso encontrar aqui também, se não iguais, parecidos e gostosos à sua maneira. Mas, não encontro o “clima”. O “clima” de cada cidade é próprio de cada uma. O ideal era eu poder passar uns tempos em cada uma dessas maravilhosas cidades pequenas e charmosas que tem por esse mundo afora! E, de vez em quando retornar a minha cidade Natal...

Annapolis. Compras e restaurantes. (fonte: www.annapolis.com) 
                                        


Alguns sites  de interesse:

sábado, 22 de janeiro de 2011

CIDADES PEQUENAS

Não me lembro bem quando começou minha paixão por pequenas cidades.  Vilas, vilarejos, pueblos, cidades pequenas, enfim…

Primeiro quero esclarecer algumas coisas: Nem todas as cidades pequenas, para mim, são atraentes. Nem todas as cidades pequenas, que me atraem, são tão pequenas. E, não sei como separar, nem sei se é possível, mas dentro dessas cidades pequenas e sedutoras, existem vários tipos. Algumas não passam de pequenas vilas rurais, mantendo quase intacto seu lado plueberino, seu lado antigo, suas tradições... Outras têm um charme especial, antigas e modernas ao mesmo tempo, mais urbanas... É difícil explicar, eu sei, mas tá tudo fotografado na minha mente...

Pra facilitar a comparação entre esses tipos de cidades pequenas, vou tentar dividí-las em dois (existem mais, estou simplificando, porque já é complicado transcrever as fotografias da minha mente...). Um deles é como se fosse um típico boteco carioca, tudo simples, mas gostoso, comidas mais rústicas, mais “do povo”, delícias... Outro tipo é como se fosse uma delicatessen, um daqueles restaurantes pequenininhos e chiques, poucas mesas, com um chef, e onde impera uma gastronomia super!

Outra coisa: ter paixão por pequenas cidades não elimina minha paixão pelas grandes. Adoro o charme e, até o ruído próprio, de cidades como o Rio, Nova York, Paris e Madrid, entre outras.

Voltando ao começo da minha paixão pelas “pequenas”, que não me lembro quando... Mas, tenho alguns lugares na memória que me fazem crer que isso começou quando morei na Espanha, lá pelos fins dos anos 80, por ocasião de meu doutorado.


NA ALEMANHA E NA ESPANHA:

Tenho claro, em minhas paisagens mentais, dois momentos especiais. Lembro-me de umas estradinhas vicinais na Alemanha, um hotel-casa ou era uma casa-hotel enorme, perto de Munich. Daí em diante sempre pensei em fazer outras viagens de carro por essas estradinhas, pra encontrar mais dessas paisagens e daquelas vilas típicas.

Me lembro também de uma viagem que fiz ao norte da Espanha. A primeira cidade que me vem à cabeça, e dessa eu me lembro sempre, é Santillana del Mar. Minha mente e minha alma recordam sempre de uma rua, de um hotel e seu bar com pedras, que faziam o lugar bucólico se parecer com “antigamente”. 


Depois, me lembro de ter me deparado com barcos, no mar de La Coruña. A primeira visão, ao longe, mais parecia uma pintura de Renoir. No norte da Espanha (Cantábria, Galícia...) tem milhares de cidades pequenas, cada uma com seu charme especial.

                                                        Santillana del Mar



                                                        La Coruña

Pertinho de Madrid tem várias cidadezinhas atraentes. Chinchón e Toledo são duas delas, e, que se formos vivenciá-las num dia comum, com poucos turistas, também vale à pena. É sentir o passado na pele. Chinchón era uma cidadezinha freqüentada por Hemingway. Pra facilitar, podemos botar na lista todas as cidades e lugares que Hemingway gostava de ir. Assim, é moleza!



EM OUTRAS CIDADES NA EUROPA;

Lá pela década de 90, conheci uma linda cidade no norte da França, perto de Paris: Tours. Fui a um congresso por lá e pude me sentir um pouco à parte do comum, quando caminhava  por aquela cidade!               

Ah, mas antes, quando ainda coletava dados pra minha tese, conheci muitas cidades legais no Reino Unido. Cidades ou partes delas. O verde das estradas que ligam uma cidade a outra, suas igrejas com seus cemitérios bucólicos (que em vez de amedrontar dão às cidades ares de filmes), as casas... Na Bélgica, então, tem uma que merece ser citada: Louvain (“a velha”), não a tecnópole Louvain-la-Neuve. Brugge é outra linda cidade na Bélgica. Teria muita história pra contar sobre cada uma delas. Talvez, em um outro dia...


NOS EUA:

Em 2006 conheci uma linda cidade nos Estados Unidos: Annapolis.  Não, não é a Anápolis brasileira não! Essa fica perto de Baltimore e DC. Voltei lá umas tantas vezes! Não consigo descrevê-la, mas digo que me apaixonei por ela a ponto de sonhar em morar por lá. Tem que se ir lá pra ver e sentir a beleza! Próximo a ela, conheci Saint Michel uma pequena vila de pescadores, lindinha. Dizem que é como se fosse Annapolis antigamente. Hoje em dia, Annapolis tem diversos restaurantes, dos mais variados tipos, e excelentes. Uma gastronomia fantástica. É também chamada a capital do barco a vela, e, pertence ao Patrimônio da UNESCO.

Em 2009 fui no Napa Valley. Por lá, fora as maravilhosas vinícolas, tem várias cidadezinhas charmosas, como Santa Helena.

                                                        Annapolis, USA




NO CAMINHO DE SANTIAGO:

Em 2009 fiz um trecho do Caminho de Santiago, pela Galícia, e adorei cada passagem, cada estradinha, cada vilarejo. Destaco uma: “O Cebreiro”, uma antiga aldeia celta. Do alto de suas montanhas se pode ver uma magnífica paisagem. O pueblo em si, já vale à pena conhecer. Casas de pedra, ruas de pedra, ladeiras de pedras. Uma igreja belíssima com um “Santo Graal” gallego... Cheias de lendas e histórias. Realmente uma linda cidadezinha. Vale ressaltar que nessas cidades sempre se encontram bons restaurantes ou bares! No Cebreiro, comi “pulpos a cachelo” que eram uma beleza!

                                          O Cebreiro

                                          O Cebreiro

O que tem de belo no Caminho são todos os caminhos, toda a natureza... E, cada pueblo que se encontra tem seus encantos pessoais. Sem falar nos típicos hotéis fantásticos, ou seja, casas rurais. Na Galícia tudo é maravilhoso. Se passar por um pueblo chamado “A Rua” (na verdade é só uma rua mesmo), super charmoso, não deixem de ir numa casa rural por lá (O Acivro).



NO SUL “DE FRANCE”:

Em 2010, fui ao sul da França. E, de bike, eu e meu mon mari San, percorremos o Canal de Midi, desde Toulouse até Sète, uma linda cidade no mediterrâneo com ares de Veneza, mas, francesa. Ao longo do Canal vimos muitas cidadezinhas lindas. Dessas,  recomendo algumas. Castelnaldary, com seus lindos canais e flores; Carcassonne (falo da parte que fica nas muralhas: La Cité), que já é mais conhecida, mas a quantidade de turistas, às vezes, quebra o "clima" de romance; Homps, cidadezinha charmosa que dá vontade de ficar sentada num banco só olhando a vida passar (onde tem um restaurante ótimo: En Bonne Companie); Vias (somente seu centro histórico, porque a praia é horrível), com um excelente restaurante e donos simpaticíssimos, Le Vieux Logis, e uma pracinha fantástica


No meio do Canal, tem também Trèbes, com suas flores e o canal, que acaba por dar mais charme a essa cidade. Ah, e perto de Sète, já no mediterrâneo, tem Bouzigues com suas famosas ostras, e Marseillan, um charme raro, claro! Têm outras tantas, que vale a pena parar e curtir essas pequenas cidades.

Castelnaudary
                                              
 Sète, a “Veneza de Languedoc”.
                                                       
DE VOLTA À ALEMANHA & NA SUÍÇA:

No fim de 2010, voltei à Alemanha. Dessa vez era inverno. As lindas estradas vicinais cheias de verde, com suas casas típicas alemãs que completavam o quadro, se transformaram em lindas estradas nevadas, com seus típicos telhados de suas típicas casas cobertos de neve. Tivemos uma experiência fantástica na Bavária, numa pequena cidade chamada Bodenmais e em uma fazenda com magníficas paisagens noutra pequena cidade chamada Lindenau. Florestas de pinheiros com neve... É demais! 


Me lembrei que há uns vinte anos atrás quando, também num inverno, passamos por estradas na Áustria e norte da Itália com pinheiros cobertos de neve. Essa foi uma das fotografias que ficou na minha memória e que voltei a rever agora “ao natural”.

                                          Montanhas e florestas:  Lindenau, Alemanha.

                                          Bavária ( Bondenmais). Alemanha.

                                                        Bodenmais, Bavária.

Perto de Berlim tem outra cidade legal, Cottbus. Nessa tivemos, como um “plus”, o calor de família. Clima natalino maravilhoso, e a neve nos fez pensar que estávamos dentro daqueles cartões de Natal de antigamente! É legal quando temos amigos na cidade onde estamos conhecendo ou reconhecendo. É outra história!

                                          Em Cottubus, Alemanha.

No fim de 2010, fomos também numa cidade charmosíssima na Suíça, St.Gallen, onde temos amigos que conhecemos no Caminho de Santiago. St Gallen é também patrimônio da UNESCO, em especial sua Biblioteca que pertence a Abadia. Brindamos 2011 com champanhe na praça da catedral com milhares de pessoas, e nossos amigos. Prost! Antes que já havia ido à Suíça, e me encantei particularmente com Lucerna e o centro de Berna.

                                          St.Gallen, Suíça.


                                       Monte Santis, Suíça.

Na Suíça fomos também a outros lugares de charme” como Teufen, Appenzell e especialmente o Monte Santis. Esse último, lá de cima, nos dá uma sensação indescritível. Uma paisagem magnífica!




E OUTRAS TANTAS...

Tem ainda muita cidadezinha que ainda quero conhecer e outras que quero rever. Tem uma reserva ecológica no Chile, Huilio-Huilio, que me pareceu fantástica numa reportagem. Tem pequenos lugares na Toscana e no sul da Itália, que vejo nos filmes e me dá vontade de me meter dentro da TV ou da tela do cinema... Na Grécia, anos atrás, passei muito rápido pelas ilhas de Mikonos e Santorini. Quem sabe, voltar por lá com mais calma...

Tem até cidade grandes que um pedacinho delas parece uma cidade pequena cheia de charme... Tem cidadezinhas modernas e outras super rurais. Cidades de pedras com flores, no verão e primavera dão um charme especial a esses lugares. O verde dos bosques e as pedras formam uma boa parceria. No inverno, a neve tem seu encanto. No outono, as folhas amarelas caindo ou caídas emprestam mais charme a esses pueblos. Pessoas sem pressa e simpáticas. Gente com histórias pra contar. 


Pueblos mais antigos, cidades mais “atuais”... O medieval lutando com o contemporâneo. Não  uma luta de espadas, com cavaleiros montados em seus cavalos, daquelas que às vezes esperamos nos deparar quando dobramos uma esquina, ou descemos uma ladeira, de uma cidade como Toledo. Mas, uma luta fraterna, uma dança de capoeira talvez... São bonitas todas elas, sejam medievais ou modernas. Com lagos, mar, canais, rios ou montanhas. Ou mesmo a beleza das ruas em si, com ou sem ladeiras. São atraentes, todas. E têm, a sua maneira, uma gastronomia pra ninguém botar defeito!

Ah, essas pequenas cidades pequenas, cheias de charme e, quiçá, aventuras ocultas...

E nessa última viagem que fiz ao sul da França, me perguntaram se não iríamos também a Paris. Falamos que dessa vez não. Seria somente o sul da França. Aplaudiram!

Bravo!