quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CIDADES PEQUENAS 2 - Annapolis, USA: The first time

Em 2005, conheci Annapolis. Marcel meu filho mais novo estava morando lá, estudando, e, depois trabalhando com um pessoal nota dez, que hoje em dia é sua família nos “Isteites”.
Pra começar, ficamos, eu e San, hospedados num veleiro de outro casal amigo dele. DelRene, a amiga, virou a segunda mãe dele, antes de Karen. Peraí, pra não misturar tudo...
Bem, ficamos nesse veleiro e foi massa!
No primeiro dia nos ofereceram um jantar, a bordo, onde víamos a lua e o céu de Annapolis, com o mar aos nossos pés! O jantar tava ótimo, até porque DelRene foi chef de cozinha no Alasca... Imaginem!

                                         Todos no jantar, no veleiro
Vinho pra lá, vinho pra cá, lá pras tantas dissemos que trouxemos cachaça do Brasil. E vamos à cachaça. Depois, David (marido de DelRene) nos ofereceu vodca. Enfim, todos já pra lá de Marrakesh, o casal se foi, e ficamos nós três (eu, Marcel e San) na farra.
Eu estava encontrando Marcel após mais de ano sem vê-lo. Portanto, comemorar o encontro era, sem dúvida, uma obrigação (prazerosa, of course). Na falta da cachaça e da vodka, ou por querer experimentar novidades, já nem sei, encontramos uma tequila. Nessa noite, nós três bebemos de tudo um pouco (ou muito), cantamos, dançamos, nos abraçamos e declaramos amor uns aos outros.
Mas, só tou contando isso aqui, porque Marcel gravou tudo. No outro dia, numa ressaca de dá dó, ninguém lembrava de nada, ou de muita coisa. Eis que Marcel chega com a câmera! “Mamãe, olha só o que tem gravado aqui, um filme de ontem à noite!”.  Não sabia se ria ou se chorava. Meu Deus! Ridículo! Enfim, quem já viu bêbo não caricato? Vou contar umas partes. Marcel dizia, quase aos gritos, como se fosse o refrão de uma música: Ninguém sabe onde tá, ninguém sabe onde tá! E, eu (meio estridente): eu sei, eu sei, eu sei!. Santiago só fazia “hummmmm”. Funny, louco, de tudo um pouco, mas bom demais!
Nos dias seguintes velejamos, conhecemos a cidade, conhecemos os amigos.

                                         Velejando em Annapolis... (Eu, Marcel e San)
A cidade é uma preciosidade. Bati os olhos, ou os pés, por lá e pensei que queria morar lá. Fiz até planos com a cabeça, e incrível, fiz também com o coração!
Annapolis é a capital o estado de Maryland, muito próxima a capital dos EUA,  Washington DC, e também de Baltimore.
Tem uma rua que corta a cidade, Main Street, cheia de bares e restaurantes dos mais variados tipos e de várias nacionalidades. Lá a gente encontra restaurantes italianos, franceses, gregos... Mas, hors concours mesmo é um bar chamado O’Brien. Lá tinha um happy hour, que começava às quatro da tarde e terminava às sete da noite. Tudo pela metade do preço. Era uma festa! Ostras e mexilhões, de primeira, eram “a” pedida! Pra quem tá de férias era bom demais. Toda tarde “batíamos o ponto” lá. Além desse, entre tantos, tinha outro Oyster Bar que gostávamos de ir, o McGarveys.

                                         Main Street (fonte: www.visitAnnapolis.org.)
Ah, ia esquecendo de dizer que lá tem um lugar maravilhoso, a beira de um rio, pra se comer caranguejos (crabs). São enormes, diferentes dos nossos, mas não ficam nada a dever.
À noite, sempre um restaurante diferente... Mas, o melhor eram os jantares, almoços e até breakfasts nas casas dos amigos. O café-da-manhã em DelRene era fantástico. Além de sua casa e de um bom breakfast americano, feito por ela, DelRene tinha um café-bar, bem legal. Cool! E, na parte mais bonita de Annapolis, vendo o mar. Aliás, a baía. Nem posso dizer a parte mais bonita, pois Annapolis é toda linda!
Jantares em Randy e Karen (o outro casal que virou a família americana de Marcel) mágicos! Todos na cozinha e todos conversando. Essa é uma grande vantagem das cozinhas americanas, quem cozinha tá dentro das conversas e vice-versa. O casal, seus três filhos, nós três, e as vezes amigos do casal, ou de Marcel, ou dos filhos, enfim, party!
Dessa primeira vez, além de ficarmos em Annapolis fomos também à Pensilvânia, numa fazenda dos pais de Karen comemorar o Thanksgiving. Foi fantástico! Passamos o dia cozinhando e bebendo. O peru sendo cozinhado lá fora, num grande forno. E, nevando! Com os homens a “tomar conta”. As mulheres ficavam responsáveis pelos acompanhamentos. E vinho rolando todo o tempo...
Fomos ainda a Filadélfia e New York. Noutro dia eu conto. Tem uma história em NYC que vale a pena ser contada! Engraçadíssima!
Bom, voltando a Annapolis, é lá que tem uma academia naval, e vemos a toda hora marinheiros com seus trajes pela cidade. Tem até um filme cujo título é Annapolis, mas nada tem a ver com a cidade! Enfim, isso é um detalhe. Annapolis é muito mais que isso, ou até me atrevo a dizer que não tem muito a ver com isso.
Annapolis é considerada a “capital americana do barco a vela”. Vários barcos, iates, veleiros, todos ancorados na baía (Chesapeak Bay), ou com as velas içadas ao vento e no mar... É uma cena bonita de se ver.

Vista aérea das marinas.

Annapolis tem mais edifícios sobreviventes do século XVIII do que qualquer outra cidade nos Estados Unidos, e, cada casa é uma relíquia. Tem o lado das casas dos antigos pescadores, antes de uma ponte (ou depois?) onde se podem ver casas rústicas de madeira, mas, na maioria elegantes. Hoje quem mora lá, já não são os pescadores e sim (na maioria) gente que tem grana e/ou gosta de viver bem. O outro lado da cidade (pós, ou antes, ponte) também é fantástico.

Bar-Restaurante MCGarvey em dia de festa: 4 de julho (fonte: www.visitAnnapolis.org)

As pessoas que vivem por lá, são normalmente gente que até trabalha em outra cidade maior, por perto, mas prefere a qualidade de vida que Annapolis oferece. E, eu com uma certa inveja... Adorei a cidade, voltei lá outras vezes. Mas ficar por lá, de vez, forever, é preciso dinheiro e coragem de deixar a vida boa que Natal também oferece, ainda. Coragem é mais fácil... Mas, noves fora umas “breguices” próprias daqui de nossa city, vai-se contornando.
Afinal as ostras e os mexilhões do O’Brien, ou até os crabs, posso encontrar aqui também, se não iguais, parecidos e gostosos à sua maneira. Mas, não encontro o “clima”. O “clima” de cada cidade é próprio de cada uma. O ideal era eu poder passar uns tempos em cada uma dessas maravilhosas cidades pequenas e charmosas que tem por esse mundo afora! E, de vez em quando retornar a minha cidade Natal...

Annapolis. Compras e restaurantes. (fonte: www.annapolis.com) 
                                        


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